terça-feira, 26 de junho de 2007

PIXEIS- Transeuntes

Mariana Almeida


Quem me leva os meus fantasmas?

sexta-feira, 22 de junho de 2007

DIAS - Sanjoaninas 2007 - Angra: nas rotas do mundo

Hoje começam as Festas da Cidade recriadas sob o mote "Angra: nas Rotas do Mundo".
O tema é fértil, muito rico, pertinente, até. Há que lembrar estas gentes do valor da terra que habitam, da cidade que animam.

A cidade inscreve-se com soberba na História de um país que é Portugal. É motivo de orgulho viver numa cidade assim, mas é também nossa obrigação cuidar dela, não deixar decair o património que herdamos dos tempos áureos do Império.
É fantástico ostentar o logotipo de Cidade Património Mundial pela UNESCO. Porém, não nos esqueçamos que uma cidade exige cuidados, ou corre o risco de se tornar pardacenta e obsoleta! Infelizmente, acho que é o que começa a acontecer com Angra. O corte radical de árvores, as fachadas descascadas, as calçadas levantadas... são tudo coisas que cicatrizam o rosto de uma cidade.


Francamente, encontro-me dividida. Isto porquê? Por um lado, considero o tema excelente e bem formulado. O cartaz escolhido é lindíssimo (há quem discorde), muito ilustrativo da realidade que se pretende representar e transportar para as Festas. Por outro, vejo a cidade pouco cuidada, vejo pouco gosto e bom-senso no seu enaltecimento. A própria letra da marcha oficial é de uma pobreza confrangedora...

A ver vamos! Faltam algumas horas para o Desfile de Abertura, o evento inaugural das nossas festividades municipais profanas.

Desejo que as minhas expetactivas sejam superadas em larga medida!

Tenho amor a esta cidade, admiro-a quando me passeio pelas suas ruas. É uma cidade que se abre ao mar e o recebe com o seu casario.
Esta é a minha Angra, a cidade "universal escala do Mar Poente".




2 de Julho de 2007 - BALANÇO FINAL: Positivo

Para o ano, há mais... pelo menos para alguns...

sábado, 16 de junho de 2007

POÉTICA - Cansaço



O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo,ele mesmo,
Cansaço.


Álvaro de Campos

Época de Exames - Está tudo dito.

(desenho de Almada Negreiros)

quarta-feira, 13 de junho de 2007

DIAS - Aniversário de Pessoa-ele só

"Um novelo enrolado para o lado de dentro"



Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.




A 13 de Junho de 1888, às 3h20 da tarde, no quarto andar esquerdo do n.º 4 do Largo de São Carlos, em frente da ópera de Lisboa, nascia Fernando António Nogueira Pessoa.

domingo, 10 de junho de 2007

POÉTICA - Credo

Credo

Creio nos anjos que andam pelo mundo,
Creio na Deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares com piano ao fundo,
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes,
Creio num engenho que falta mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno num segundo,
Creio num céu futuro que houve dantes,
Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro,
Creio na carne que enfeitiça o além,
Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas,
Creio que o Amor tem asas de ouro.
Ámen.

Natália Correia

DIAS - Portugal!

Portugal, Portugal

Tiveste gente de muita coragem
E acreditaste na tua mensagem
Foste ganhando terreno
E foste perdendo a memória

Já tinhas meio mundo na mão
Quiseste impor a tua religião
E acabaste por perder a liberdade
A caminho da glória

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Tiveste muita carta para bater
Quem joga deve aprender a perder
Que a sorte nunca vem só
Quando bate à nossa porta

Esbanjaste muita vida nas apostas
E agora trazes o desgosto às costas
Não se pode estar direito
Quando se tem a espinha torta

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças

Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar!


Jorge Palma

GRANDE ECRÃ - Déjà Vu

PIXEIS - Janelas

quinta-feira, 7 de junho de 2007

COM TEXTO - Vanguarda!

Este é o texto que escrevi, não sob a forma de relatório final, mas como uma reflexão pessoal, relativa ao desenvolvimento do trabalho realizado na discipkina de Área de Projecto.

Não é tanto devido ao trabalho realizado que o publico - é, sobretudo, para celebrar os bons momentos, as "aprendizagens estruturantes".

O Projecto foi o mote: criámo-o e fizémo-lo crescer. E nós crescemos com ele. É isso que venho aqui projectar: o nosso sucesso no trabalho, a nossa união como Grupo.

A nós, Vanguarda!


REFLEXÃO PESSOAL:


Eu, Mariana G. Almeida, integrei o grupo Vanguarda, formado no âmbito da disciplina de Área de Projecto, em parceria com os colegas Francisco Maio e Joana Esteves.

Partimos de uma ideia base de remodelação do espaço escolar. A partir daí, fomos delineando estratégias e estabelecendo objectivos, que passaram pela definição do espaço de intervenção, análise do mesmo, pelo levantamento de novo mobiliário ajustável e reciclável, pela recolha de opiniões dos alunos acerca da escola e da área visada pelo estudo, e, por fim, arrancámos para a construção dos nossos produtos finais: a maquete ilustrativa das nossas conclusões, assim como de um powerpoint de apoio à primeira.

No que a mim me respeita, a fase do trabalho que menos me seduziu foi a de elaboração e aplicação dos inquéritos, embora concorde que estes são um elemento importante do trabalho, na medida que conferem credibilidade ao projecto, pelo facto de veicularem as necessidades e os desejos dos alunos, trazendo-as até nós, permitindo-nos dar-lhes respostas afirmativas. Pelo contrário, a edificação da maquete deu-me o maior gozo, pelo seu carácter pragmático, pelo contacto e manipulação de materiais plásticos variados. Aqui conseguimos as maiores revelações do ponto de vista pessoal e colectivo. Entre gargalhadas, recortes, pincéis e muita cola branca, recriámo-nos como grupo. E aqui, nada dá mais prazer que ver o trabalho pronto, bem rematado, e com a marca de todos nós.

Um projecto desta extensão, não se desenvolve de um modo linear e contínuo. Há que percorrer um caminho feito de avanços e recuos (estratégicos), convertidos em novos avanços resolutos. As dificuldades prenderam-se com aspectos logísticos, de que é exemplo o caso da amostragem ou a própria aplicação dos inquéritos. Nada de insuperável para três boas cabeças. A prova é que o trabalho se desenvolveu e foi concluído com êxito, para júbilo dos intervenientes!

É de realçar o empenho demonstrado por qualquer elemento do grupo, ao longo de todo este ano. Cada qual contribuiu com o que tinha, procurando superar-se. É tão gratificante tê-lo conseguido! É-me especialmente grato dizer isso, sentir isto, dadas as condições iniciais do grupo aquando da sua formação.

Depois de ser dado o último retoque, é inevitável pensarmos, repensarmos, o que foi feito e se encontra bem na nossa frente. É unânime – agora sim, estaríamos aptos a encetar os trabalhos, a cultivar as ideias. A raiz seria cuidada de outra forma (estendendo a metáfora “agro-ideológica”. Mas formámo-nos! E é isso que daqui devemos retirar. O crescer dentro de um projecto, dentro de um grupo unido por ele.

Creio que a minha apreciação está bem latente no que acima escrevi. Só posso concluir que de todos os momentos de desânimo (porque os houve), de todos os contratempos e cansaços, é isto que me fica – o formidável vínculo de camaradagem que se criou. Celebramo-lo, hoje, 5 de Junho, dia em que apresentámos o trabalho, oficializámos o cumprimento dos objectivos perante colegas de turma e professores. Passámos pela prova: Fomos aprovados!

terça-feira, 5 de junho de 2007

POÉTICA - Cavalo à Solta




Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.

Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.

Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.

Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.

Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.

Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.

Ary dos Santos

domingo, 3 de junho de 2007

PALCOS - "La Serena"

Teresa Salgueiro e Lusitânia Ensemble

Sublime.

http://www.cm-ah.pt/noticias.aspx?N=225

PIXEIS - A Marca do Coração