Porém, este dia marca apenas o início do processo conturbado da democratização do país, volvidos 48 longos anos de ditadura (militar e, posteriormente, política).
O programa de História A do 12º ano abarca este período da História portuguesa: desde a ditadura militar (1926-33), à instauração do Estado Novo e restabelicimento das instituições democráticas.
A minha geração, à partida, já não compreende inteiramente o significado deste dia em particular. É apenas mais um dia feriado. A minha visão deve-se exclusivamente ao estudo dos acontecimentos, relativamente recentes, ainda que fora do meu "alcance etário".
Assim, deixo aqui o registo do primeiro sinal para a Revolução de Abril, já que o próprio dia 25 foi, por si só, um primeiro passo.
E Depois do Adeus
Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós.
Letra – José Niza, Música – José Calvário
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